domingo, 28 de outubro de 2012

Sobre as várias formas de máscaras


UAB - Universidade Aberta do Brasil
Polo de Primavera do Leste-MT

Disciplina: Pedagogia do Teatro 1 TEA UAB 3

Professora Autora: Sonia Paiva
Professora Supervisora: Cyntia Carla
Turma: Teatro 11
Aluno: Vilma de Jesus Marinho
Tarefa: Sobre as várias formas de máscaras
No blogger Moitará, pode-se observar que a confecção de uma Máscara Teatral não basta à pessoa que trabalha com máscara ter um conhecimento técnico dos materiais utilizados em sua confecção. É importante idealizar enquanto um elemento que detém características próprias necessárias para sua funcionalidade cênica, considerando sua relação com o espaço físico onde será utilizado, contexto na qual está inserida, época e todas as suas particularidades de estilo de linguagem. Assim é necessário realizar estudo reunindo informações existentes sobre a índole da personagem, as características tipológicas, os estímulos sensoriais e todos os aspectos de ordem fenomenológicas e conceituais, individualizando dentro de um contexto histórico e cultural que esteja de acordo com a necessidade do tipo de Máscara que pretendemos construir.
Dá para entender que a Máscara Teatral não é um simples objeto artístico para cobrir o rosto, substituindo o trabalho de ator. A linguagem da Máscara é feita de luz e sombra, de sons fortes e suaves, de silêncio, de movimentos e pausas, harmoniosamente contrapostos. A Máscara Teatral, diferentemente de um quadro ou uma escultura, somente ganha sentido de vida quando utilizada por um ator comprometido em dinamizar as linhas de força que afloram de sua fisionomia. Cada traço e volume da Máscara transformam-se no corpo do ator em peso, ritmo e oposições físicas, produzindo um estilo de jogo com uma qualidade de energia específica.
O Moitará vê a Máscara Teatral como um instrumento inesgotável de pesquisa para o ator, assim, durante anos, o Grupo realizou treinamento sistemático, pesquisando metodologia própria, utilizando vários estilos de Máscara. No estilo Neutra a máscara tem uma fisionomia simples e simétrica, sem conflitos, que propõe ao ator ampliar todos os seus sentidos, encontrando a essência das ações e das situações. Através do silêncio, ela se relaciona com todo o universo presente.
As abstratas são inteiras de formas geométricas, sem menção animal ou humana, que possibilita ao ator projetar seu corpo no espaço a partir das linhas de força da máscara, criando um jogo com ações amplas, acrobáticas e assimétricas, e com ela, o ator compreende a relação de tempo e espaço, onde o corpo, imerso numa dinâmica, desenha imagens precisas, fazendo a geometria viver a serviço da emoção.
Diferentes da máscara Larvária que são rostos inacabados, formas simplificadas da figura humana, que remetem ao primeiro estado dos insetos. Fazem parte do grupo de Máscaras inteiras e silenciosas que não permitem a voz, mas exprimem a essência da palavra falada através das ações. Podem ser jogadas tanto pelo lado animal quanto pelo humano. Têm um jogo largo, normalmente orientado pelo nariz.
A expressiva são Máscaras de feições mais elaboradas, com definições de caráter, que traduzem estados de ânimo. Pertencem à categoria das Máscaras silenciosas, onde a palavra, por sua vez, está implícita na ação física da personagem. Seu jogo é minucioso e objetivo, podendo ser enriquecido com a presença da contra-máscara, direção inversa ao caráter principal da Máscara. Observando a meia-máscara percebe-se que são máscaras falantes que cobrem somente a parte superior do rosto. Geralmente representam tipos-fixos, podendo condensar nelas vários personagens. Seu jogo propõe ao ator encontrar um corpo e uma voz que se ajustem ao propósito do personagem e da situação, levando o texto para além do cotidiano.
Outro trabalho são as Máscaras que representar os tipos populares brasileiros. Os atores vão ao encontro da fisicalidade e da vocalidade sugeridas pelas Máscaras, delineando suas características típicas, aprofundando-se no contexto histórico e cultural dos personagens-tipos representados. Máscaras representativas do universo cultural brasileiro. 

Referência 
http://www.grupomoitara.com.br/


Técnica: Giz pastel

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Mapeamento dos espaços culturais e grupos teatrais em sua cidade.


UAB - Universidade Aberta do Brasil
Polo de Primavera do Leste-MT

Disciplina: Pedagogia do Teatro 1 TEA UAB 3

Professora Autora: Sonia Paiva
Professora Supervisora: Cyntia Carla
Turma: Teatro 11
Aluno: Vilma de Jesus Marinho
Tarefa: Mapeamento dos espaços culturais e grupos teatrais em sua cidade.
Em Primavera do Leste/MT não há espaço de se fazer teatro, o eu temos é um cinema que por vezes alugamos para apresentações. Com capacidade de público 300 pessoas, metragem do palco de mais ou menos 10m de comprimento por 5m de largura.
Março é um mês especial para a Cia de Teatro Faces, do município de Primavera do Leste. Com vários motivos para comemorar, a Cia escolheu o dia 18 para celebrar seu aniversário, que oficialmente é no dia 20, o dia Nacional do Teatro para Infância e Juventude (20.03), o Dia Mundial do Teatro (27.03) e ainda a inauguração do Ponto Cenpro Faces de Cultura.
“É quase uma vida dedicada à arte, me alimentando de arte, vivendo de arte e sonhando a arte. Estou feliz por essa caminhada nos ter permitido tantas coisas maravilhosas. Acredito que o sucesso da Cia vem da preocupação em sempre se aprofundar ao máximo em cada trabalho. E também do público, que sempre nos prestigia de uma maneira muito carinhosa. Essa festa é de vocês, uma das melhores plateias de Teatro para qual apresentei”, comenta o fundador e diretor da Cia, Wanderson Lana.
A fundação da Cia se deu no ano de 2005, nas dependências da Escola Estadual Getúlio Dornelles Vargas. Inicialmente, os trabalhos eram voltados para o público infanto-juvenil. Após seis anos de trajetória, o grupo conta com um elenco permanente formado por 14 atores profissionais e atualmente trabalha com as diversas linguagens culturais.
Outro ponto que o diretor ressalta é o sentido de implantar na comunidade a importância da existência dos profissionais que trabalham com arte e sua valorização financeira. “Desde o início do nosso trabalho tivemos essa preocupação. Hoje, doze dos quinze membros da Cia trabalham e recebem mensalmente por suas atividades como artistas”, comenta.
Em 2011 foi inaugurada a Cia Faces Jovem, formada por jovens atores oriundos da Escolinha de Teatro Faces e que buscarão a profissionalização na área das Artes Cênicas. E, falando em profissionalização... a parceria da Cia Faces com a Prefeitura Municipal rendeu bons frutos, entre eles: a Faculdade de Licenciatura em Teatro. As aulas da primeira turma começaram em março. Lana aponta que Primavera do Leste é a única cidade de Mato Grosso a possuir projetos de teatro desde a iniciação até a formação superior.
PONTO DE CULTURA
Sobre o Ponto de Cultura, Lana afirma que esse trabalho só foi possível graças às parcerias que a Cia Faces firmou com a ONG Cenpro, a Prefeitura Municipal de Primavera do Leste, a Secretaria de Estado de Cultura e o Governo Federal. “Iremos atender cerca de 500 jovens interessados no fazer teatral. As aulas são gratuitas e acontecerão em oito pólos e mais dez instituições”, esclarece.
Através do Ponto a Cia terá condições e mecanismos para continuar desenvolvendo suas ações ampliando ainda mais o que de possibilidades de atuação. Lana conta que eles estão pensando na possibilidade de montar uma biblioteca voltada para literatura e teatro. Além disso, adianta que realizarão uma campanha e diversos cursos como contação de histórias, adaptação de textos infantis e oficinas de incentivo a escrita da poesia para fomentar a leitura e o surgimento de novos escritores. Também farão uma campanha de doação de livros.
No mês de maio o Ponto de Cultura abrirá as portas para o audiovisual. A equipe vai trabalhar com produção de roteiros, curtas-metragem, oficina de criação de roteiros e edição de vídeo. Ainda na área digital, ofertarão cursos profissionalizantes de criação gráfica e artística.
Quem produz o material relativo aos vários aspectos da encenação. Especifique se o profissional faz parte do grupo de teatro ou se é contratado por fora para esse fim, além de sua formação:
Produção: Luis Antônio
Cenografia: Wanderson Lana
Figurino: Wanderson Lana
Maquiagem: Wanderson Lana
Iluminação: André
Sonoplastia: André
Arte gráfica: Rafaela
Acessória de imprensa: Rafaela




























segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A pedagogia teatral de Jacques Lecoq


1.1- Tendo como referência o texto de Lúcia Romano “ O Teatro do Corpo Manifesto: Teatro Físico”  discorra sobre o legado de Jacques Lecoq no contexto do teatro contemporâneo.
Considere a seguinte afirmação de Lecoq, para refletir sobre os exercícios e/ou cenas de Arlequim nos vídeos disponibilizados pela plataforma da disciplina:
Assistindo o vídeo percebe-se que Alberto Camerini, trabalha com mímica corpórea, no qual o ator exprime suas potencialidades comunitárias e artísticas, onde não é a ausência de textos falados, mas a geração de um corpo expressivo que emprega o visual e o sonoro, numa valorização do silêncio e do som. Percebe-se também a presença da máscara que implica na estruturação da expressão do som e do corpo.
"As nove atitudes (de Arlequim) e suas justificativas dramáticas são interessantes, por serem portadoras de várias contradições. (...) Todas as grandes atitudes são portadoras de múltiplas possibilidades e, nisto, são eminentemente teatrais e pedagogicamente ricas. Cabe aos alunos aventurar-se, descobrir todas as possibilidades, especialmente nas passagens de uma atitude à outra (Lecoq, 2010:79)."
II- Considerando as reflexões de Dario Fo a respeito da máscara teatral, desenvolva os seguintes termos e conceitos:
2.1- gestualidade e gesticulação
Para Dario Fo Dario Fo a gestualidade está num segundo plano se apegando as palavras como foco da sua interpretação, para ele o ator deveria se preocupar em controlar a própria gestualidade, para alguns atores constituí-se numa verdadeira luta controlar seus movimentos, nunca sabem o que fazer com os pés e as mãos, e esses pequenos gestos perdidos desviam a atenção do público do que deve ser visto em cena, e entrega um ator sem consciência de suas ações. Pois é necessário que haja uma seleção dos gestos e total consciência dos mesmos por parte do ator, para que esse se comunique sem utilizar uma gama exagerada de movimentação. Na gesticulação há um conjunto de gesto que fazem uma mímica a se apresentar.
Em relação às máscaras, Dario Fo articula a ideia de que é impossível fazer caretas ou expressões bizarras, então o ator consegue dar expressão e mobilidade a mascara devido à contribuição gestual de todo o corpo.
Com tudo isso a mascara impõe uma síntese do gesto no qual envolve a gestualidade corporal atingindo um efeito de multiplicidade de gestos.

III- Quais relações é possível estabelecer entre o Teatro Imagem de Augusto Boal, os exercícios sobre cenas estáticas desenvolvidos na disciplina e/ou postados na plataforma e as fotonovelas desenvolvidas pelo projeto Arte/Fatos?
O teatro de imagens de Boal tem como objetivo ajudar os participantes a pensar com imagens, a debater um problema sem o uso da palavra, usando apenas seus próprios corpos e objetos.
As cenas estáticas desenvolvidas pelo projeto Arte/Fatos, são cenas elaboradas por atores são fotografadas e dispostas sequencialmente para contar uma história, assim, ela pode ser um exercício que utiliza um repertorio expressivo e gestual para comunicar o sentido da história através de cenas estáticas, sem movimentos.