domingo, 29 de dezembro de 2013
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
Questões de filosofia
1. Leia atentamente
as seguintes frases:
1. Para Platão a
filosofia significa “o uso do saber em favor do homem” (Eutidemo);
2. A palavra filosofia
foi criada pelos gregos e significa philos – amor e sophia – sabedoria;
3. Para Descartes a
filosofia é “o estudo da sabedoria” (Princípios da Filosofia)
4. Kant afirmou que a
filosofia é ciência da relação dos conhecimentos, cuja finalidade é a
felicidade. Crítica da Razão Pura.
Para essas
definições, qual a alternativa mais aproximada?
- A filosofia serve apenas para conhecer o mundo
- A filosofia é uma reflexão sobre o bem e o mal.
- A filosofia nada mais é que uma atividade sobre os saberes para beneficiar a humanidade.
- A filosofia significa amor ao saber e não tem função social nenhuma.
- A filosofia estuda apenas teorias abstratas e está distante das pessoas.
2. A filosofia
islâmica, a Escolástica, a Patrística e muito neoplatônicos afirmam que o saber
é um dom divino, uma revelação. Essa certeza é encontrada também na filosofia
oriental e na filosofia Romântica do século XIX e no Espiritualismo do século
XX. Esta investigação filosófica a respeito da origem do saber está inserida em
que área da filosofia?
a) Teoria do
Conhecimento
b) Lógica
c) Filosofia da
Religião
d) Teologia
e) Metafísica
- Dizes uma
verdade.
- Não é, por
conseguinte, no ato de raciocinar, e não de outro modo, que a alma apreende, em
parte, a realidade de um ser?
- Sim.
[...] – E é este
então o pensamento que nos guia: durante todo o tempo em que tivermos o corpo,
e nossa alma estiver misturada com essa coisa má, jamais possuiremos
completamente o objeto de nossos desejos! Ora, esse objeto é, como dizíamos, a
verdade.
PLATÃO. Fédon. São Paulo: Nova
cultural, 1987, p. 66-67.
Com base nos textos
e nos conhecimentos sobre a concepção de verdade de Platão, é correto afirmar
que:
a) A verdade reside na
contemplação das sombras, refletidas pela luz exterior e projetadas no mundo sensível.
b) A verdade consiste
na felicidade, e como Deus é o único verdadeiramente fiel, então a verdade
reside em Deus.
c) A principal tarefa da
filosofia está em aproximar o máximo possível a alma do corpo, dessa forma,
obter a verdade.
d) A verdade
encontra-se na correspondência entre um enunciado e os fatos que ele aponta no
mundo sensível.
e) O conhecimento
inteligível, compreendido com verdade, está contido nas ideias que a alma
possui.
4. Como se
caracteriza, acima de tudo, um filósofo no sentido maior
a) Pensador das ideias
filosóficas elaboradas.
b) Criador de novos horizontes
teórico-práticos de sentido crítico em seu contexto histórico.
c) Amante do saber e da
erudição.
d) Pensador da lógica
e de como funciona o conhecimento intelectual.
5. “Desde suas
origens entre os filósofos da antiga Grécia, a Ética é um tipo de saber
normativo, isto é, um saber que pretende orientar as ações dos seres humanos.”
Fonte: CORTINA, A.; MATÍNEZ, E. Ética.
Tradução de Silvana Cobucci Leite. São Paulo: Edições Loyola, 2000, p. 9.
Com base no texto e
na compreensão aristotélica, é correta afirma que a ética
a) Orienta-se pelo
procedimento de regras universalizáveis, como meio de verificar a correção
ética das normas de ação.
b) Adota a situação
ideal de fala como condição para a fixação de princípios éticos básicos, a
partir a negociação discursiva de regras a serem seguidas pelos envolvidos.
c) Pauta-se pela
teologia, indicando que o bem supremo do homem consiste em atividades que lhe
sejam peculiares, buscando a sua realização de maneira excelente.
d) Contempla o
hedonismo indicando o bem supremo a ser alcançado pelo homem reside na
felicidade e esta consiste na realização de maneira excelente.
e) Baseada no
emotivismo, busca justifica a atividade ou o juízo ético mediante o recurso dos
próprios sentimentos dos agentes, de forma a influir nas demais pessoas.
6. Tais características podem ser relacionadas aos atributos
que caracterizam os humanos, isto é, elementos que nos distinguem dos outros
seres vivos, exceto.
a)
raciocínio complexo.
b)
impulsos instintivos.
c) vida
coletiva (comunidade).
d) transformação do meio natural (trabalho).
e)
linguagem (fala).
Os gregos dos tempos de homéricos relatam a
lenda de Pandora, que, enviada aos homens, abre por curiosidade a caixa de
onde saem todos os males. Pandora consegue fechá-la a tempo de reter a
esperança, a única forma de o homem não sucumbir às dores e o sofrimento da
vida.
Maria Lúcia de Arruda Aranha & Maria
Helena Pires Martins, Filosofando: Um Introdução à Filosofia. Editora
Moderna, p.54
O
texto refere-se ao:
a)
conhecimento filosófico.
b) conhecimento mitológico.
c)
conhecimento científico.
d)
conhecimento do senso comum.
e)
conhecimento artístico.
Antes
de mais nada, a ciência desconfia da veracidade de nossas certezas, de nossa
adesão imediata às coisas, da ausência de crítica e da falta de
curiosidade.Por isso, ali onde vemos coisas, fatos e acontecimentos, a atitude
científica vê problemas e obstáculos, aparências que precisam ser explicadas
e, em certos casos, afastadas.
São
características do conhecimento científico, exceto:
a) investigação
b) racionalidade
c) experiências
d) curiosidade
e)
dogmas
a) Estava ocupado com
a luta pela vida.
b) Em outros níveis,
tinha alguma reflexão.
c) outra resposta
VAN ACKER, T. Grécia. A vida cotidiana na cidade-Estado. São
Paulo: Atual, 1994. O trecho, retirado da obra Política, de Aristóteles,
permite compreender que a cidadania.
A) possui uma
dimensão histórica que deve ser criticada, pois é condenável que os políticos
de qualquer época fiquem entregues à ociosidade, enquanto o resto dos cidadãos
tem de trabalhar.
B) era entendida como
uma dignidade própria dos grupos sociais superiores, fruta de uma concepção
política profundamente hierarquizada da sociedade.
C) estava
vinculada, na Grécia Antiga, a uma percepção política democrática, que levava
todos os habitantes da pólis a participarem da vida cívica.
D) tinha profundas
conexões com a justiça, razão pela qual o tempo livre dos cidadãos deveria ser
dedicado às atividades vinculadas aos tribunais.
E) vivida pelos
atenienses era, de fato, restrita àqueles que se dedicavam à política e que
tinham tempo para resolver os problemas da cidade.
11. Em primeiro lugar, é claro que, com a
expressão “ser segundo a potência e o ato”, indicam-se dois modos de ser muito
diferentes e, em certo sentido, opostos. Aristóteles, de fato, chama o ser da
potência até mesmo de não-ser, no sentido de que, com relação ao ser-em-ato, o
ser-em-potência é não-ser-em-ato.
REALE, Giovanni. História da Filosofia Antiga. Vol.
II. Trad. de Henrique Cláudio de Lima Vaz e Marcelo Perine. São Paulo: Loyola,
1994, p. 349.
A partir da
leitura do trecho acima e em conformidade com a Teoria do Ato e Potência de
Aristóteles, assinale a alternativa correta.
a) Para Aristóteles, ser-em-ato é o
ser em sua capacidade de se transformar em algo diferente dele mesmo, como, por
exemplo, o mármore (ser-em-ato) em relação à estátua (ser-em-potência).
b) Segundo
Aristóteles, a teoria do ato e potência explica o movimento percebido no mundo sensível.
Tudo o que possui matéria possui potencialidade (capacidade de assumir ou
receber uma forma diferente de si), que tende a se atualizar (assumindo ou
recebendo aquela forma).
c) Para Aristóteles, a bem da
verdade, existe apenas o ser-em-ato. Isto ocorre porque o movimento verificado
no mundo material é apenas ilusório, e o que existe é sempre imutável e imóvel.
d) Segundo Aristóteles, o ato é
próprio do mundo sensível (das coisas materiais) e a potência se encontra
tão-somente no mundo inteligível, apreendido apenas com o intelecto.
12. (Uenp 2011) As
discussões iniciais sobre Lógica foram organizadas por Aristóteles no texto
conhecido como “Organon”, onde o filósofo sistematiza e problematiza
algumas das afirmações que tinham sido feitas pelos pré-socráticos (Parmênides,
Heráclito) e por Platão. Sobre a lógica aristotélica é incorreto afirmar:
a) Aristóteles considera que a
dialética não é um procedimento seguro para o pensamento, tendo em vista
posições contrárias de debatedores, e a escolha de uma opinião contra a outra
não garante chegar à essência da coisa investigada, por isso sugere a
substituição da dialética pela lógica.
b) Entre as principais diferenças que existem entre
a lógica aristotélica e a dialética platônica estão: a primeira é um instrumento
para o conhecer que antecede o exercício do pensamento e da linguagem;
a segunda é um modo de conhecer e pressupõe a aplicação
imediata do pensamento e da linguagem.
c) A
lógica aristotélica é um instrumento para trabalhar os contrários, e as
contradições para superá-los e chegar ao conhecimento da essência das coisas e
da realidade.
d) A lógica aristotélica sistematiza
alguns princípios e procedimentos que devem ser empregados nos raciocínios para
a produção de conhecimentos universais e necessários.
e) Contemporaneamente não se pode
considerar a lógica aristotélica como plenamente formal, tendo em vista que
Aristóteles não afasta por completo os conteúdos pensados, para ficar com
formas vazias (como se faz na lógica puramente formal). Embora tenha avançado
no sentido da lógica formal, se comparada com a dialética platônica, que
dependia absolutamente do conteúdo dos juízos.
13. A
filosofia escolástica, cujo representante maior foi Santo Tomás de
Aquino, autor da Suma Teológica, foi uma tentativa de:
a)
mostrar aos cristãos a necessidade de expulsar os mulçumanos do mundo europeu.
b)
negar o pensamento aristotélico.
c) Harmonizar a razão com a fé.
d)
aniquilar o pensamento teológica.
e)
Tolerar a inquisição.
14. O filósofo grego que maior
influência exerceu sobre Santo Tomás de Aquino foi:
A) Platão.
B) Aristóteles.
C) Sócrates.
D) Heráclito.
E) Parmênides.
a. ( x ) racionalista.
b. ( )
fenomenológica.
c. ( )
teocêntrica.
d. ( )
empirista.
e. ( )
liberal.
a) no hábito.
b) nas ideias.
c) no pensamento.
d) no movimento.
a) ídolos da caverna, do fórum, da arte e da
sociedade.
b) ídolos da caverna, do mundo das ideias, da
tribuna e do teatro.
c) ídolos da tribo; do idioma; da política e da
sociedade.
d) ídolos da caverna, do fórum, do
teatro e da tribo.
18. A afirmação "Penso, logo
existo" inaugura uma nova abordagem filosófica do:
b- hedonismo contemporâneo.
c- estoicismo moderno.
d- subjetivismo
moderno.
e- objetividade cultural.
Assinale a alternativa que
relaciona corretamente as características acima ao respectivo tipo de
argumento.
a. ( ) 1. dedutivo; 2. dedutivo; 3. indutivo; 4. indutivo.
a. ( ) 1. dedutivo; 2. dedutivo; 3. indutivo; 4. indutivo.
b. ( ) 1.
dedutivo; 2. indutivo; 3. indutivo; 4. dedutivo.
c. ( ) 1. dedutivo; 2. indutivo; 3. dedutivo; 4.
indutivo.
d. ( x ) 1. indutivo;
2. dedutivo; 3. dedutivo; 4. indutivo.
e. ( ) 1. indutivo; 2. indutivo; 3. dedutivo; 4.
dedutivo.
20. Descartes empregou um método
universal para o conhecimento. Qual das seguintes alternativas não está de
acordo com o método cartesiano?
a. Nada pode ser
aceito como verdade mesmo quando reconhecido como tal.
b. Deve-se dividir os problemas
em tantas partes quanto possível.
c. A reflexão deve seguir uma
ordem definida, começando com o que for mais simples.
d. Deve-se ter certeza de que
tudo foi examinado, sem omissões.
e. A ordem da reflexão pode ser
inteiramente fictícia.
21. (UEL) É amplamente conhecido,
na história da filosofia, como Descartes coloca em dúvida todo o conhecimento,
até encontrar um fundamento inabalável; uma espécie de princípio de
reconstituição do conhecimento. Neste processo, Descartes elege uma regra metodológica
que o orientará na busca de novas verdades. A regra geral que orientará
Descartes na busca de novas verdades é:
a) a possibilidade do mundo
externo.
b) a possibilidade de unirmos
corpo e alma.
c) a clareza e
distinção.
d) a certeza dos juízos matemáticos.
e) a ideia de que corpo e alma
são entidades distintas.
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Causo
Causo de minha avó Jocelina acontecida na cidade de
Manhuaçú – MG quando era criança, transformado em cordel.
Povo,
vizinho
finais
de tarde e semana,
não
ouvia rádio
nem
tinha televisão
reunia
nas casas uns dos outros
para
uma discussão
e
surgiam vários assuntos
engraçados
e importantes
coisas
da criação
Então
ela conta
perto
de sua casa
na
época da década de 40,
tinha
uma família muito simples,
com
sotaque diferente
com
pensamento leviano
mas
sempre muito atenta.
Os
pais de minha avó
conversava
assunto de dilúvio
dizia
que Noé
construiria
uma arca
para
um novo convívio.
As
batidas do machado
quando
o povo ouvir
nos
quatro cantos do mundo,
era
para pedir ajuda
na
construção da arca
e
livrar do porvir.
Da
morte pelas águas,
eles
iam defender
depois
da arca pronta
quarenta
dias e quarenta noites
ia
chover.
Aquelas
pessoas
Boiava
sobre as águas
nossa
senhora ficou com pena
em
ver mortas as crianças
Aclamou
a Jesus.
- Senhor!... Porque fez isto com nossas
crianças?
Jesus
disse a ela.
Mãe
Maria a próxima vez
que
for acabar com o povo
vai
ser com fogo
não
quero mais judianças.
Neste
momento um dos rapais
com
aflição e agonia
de
família simples
com
linguajar bem diferente
e
pensamento leviano dizia:
-
Hum! Um, um...
Quando
o mundo acabá em água
eu
subo na montanha mais alta
e se
o mundo acabá em fogo
atolo
no brejo logo.
Resenha - Teatro, valor e pluralidade.
Teatro, valor e pluralidade.
A.
Tibaji
Resenha
Por Vilma de Jesus Marinho
[...] Pensar as especificidades das técnicas
cômico-populares nos possibilita pensar os valores que lhes são apropriados.
P.13
Diante do texto apresentado “Teatro, valor e pluralidade”, fiquei
questionando entre “valores” e “valores”. No inicio do texto o autor apresenta
sérios questionamentos relevantes e, que por momentos é realmente necessário de
se pensar. Percebe-se que em tempos atrás, a cultura tinha um valor sentimental
e memorial e que não havia a preocupação com economia e ou registro de imagens
(foto). A cultura não era comercializada, era o gosto de estar presente.
Hoje, a cultura está presente. Acredito que
não acaba, porém a comercialização torna a cultura de um povo uma fonte de economia
e, que nos dá a ideia de que o ideal é a representação dessas manifestações que
já existiam, mas que, quando é relembrada é também cobrada. Ceticamente, está
muito próximo da mais-valia, onde é mais valorizado o objeto do que quem faz o
objeto. Vejo que, o autor tem uma preocupação bem sustentada e fundamentada e,
que tenho que concordar.
Quando comentei sobre “valores” e “valores”
faço menção sobre o apreciar sem o comercializar. E esse apreciar é ficar na
memória aquilo que é passado de pai para filho. Não recordo onde ouvi,
“[...] nos
dias atuais, muitos (pessoas) durante festividades e celebrações se esquecem de
viver o momento para apenas registrar e, muitas das vezes esse registro, elas
(pessoas) não voltam para ver e ou assistir, perdendo o tempo e o momento, elas
esquecem que tudo hoje é registrado por outros.”
Diante disso, fica claro que a cultura em
nossos dias está mais próxima da comercialização do que da apreciação.
O autor ainda apresentou uma preocupação
muito clara em seu artigo na página 10 sobre esses valores, em que é um dos
grandes desafios dessa nova concepção de cultura, pois lidar com a pluralidade
e o multiculturalismo ainda é um caminho a ser trilhado.
Mais adiante, ele ainda cita sobre a arte
televisiva e as vanguardas, onde uns se aproveitam mais desses produtos,
esquecendo que há uma diversidade cultural muito maior no campo territorial. Entendo
que, não é que não sejam importantes. Todavia, toda perspectiva antropológica,
é notável o respeito a todas as manifestações culturais, e fazem com que haja
um dialogo entre público e memória de um povo.
Ressalto que para Tibaji um grande desafio é
a cultura do ponto de vista acadêmico e de políticas públicas, em seu artigo
apresenta as dificuldade em lidar com a pluralidade cultural e a necessidade de
valores do cotidiano. Vejo como ponto positivo que dentro de um ambiente
acadêmico a cultura reforça o conhecimento sobre o que do povo e para o povo.
Como negativo é que as ações governamentais não alcançam todos os projetos
elaborados. É muito claro quanto à valorização política é dificultada por
demandas que levam tempos a serem atendidas.
Com tudo isso, é importante pensar em
técnicas cômico-populares como valor em todos os campos de conhecimento. Seja
ele dentro de um ambiente escolar de ensino básico ou de ensino superior, é válido
que educando recebam e construam seus próprios conhecimentos sobre o que é e o
que são esses valores culturais em todas as épocas em diferentes localidades,
independente de sua cultura particular recebida por seus familiares e que em
nossos dias tornou-se uma preocupação governamental na busca de resgatar esses
saberes em todas as instâncias e comunidades.
Identidades globalizadas flexíveis e os viciados em identidade
1 - Como as identidades globalizadas flexíveis e os viciados em identidade podem se aproximar do trabalho do ator e como não se aproxima do trabalho do ator?
As identidades globalizadas flexíveis e os viciados em identidade podem se aproximar do trabalho do ator quando ele próprio busca uma forma de construção entre as ideias de Stanislavski no qual defende que num primeiro momento de sua pesquisa, o ator diante de ensaio de espetáculo, num primeiro momento, o ator vem com o texto decorado para trabalhar com ações de construção de um personagem, vem com o texto memorizado para vivenciar a construção do personagem, e num segundo momento de sua pesquisa o ator primeiro realizava ações de vivencia para construir o personagem, isto é, lia o texto sem memorizar, resolvia ações diante de suas vivencias para depois memorizar, antes disso, o diretor colocava situações de questionamento em que o ator desenvolvia ações para cada ato do texto a ser memorizado. E também diante das ideias de Meierhold na busca de construir uma linguagem para o ator o processo de construção de um personagem tem como referencias “linguagens” compostas de diferentes procedimentos de construção de códigos, também poderiam ser de qualquer outro pesquisador de teatro. Assim, a meu ver, essas identidades, cabe a cada ator se identificar com elas e trabalhar dentro de uma perspectiva que encontre um ponto de apoio, um rumo, um norte, para que possa construir um personagem, no qual, muita das vezes é preciso desconstruir tudo o que sabe para construir um personagem sem os vícios de identidade de outros atores/compositores. Não ficando em cópias de gestos, maneiras de ações de outro ator, por exemplo.
2- O Ator compositor, que é ele? Quem não é ele?
O ator compositor é aquele que busca interpretar com intenção, de dentro para fora, ou também aquele que “os gestos, as atitudes, os olhares, os silêncios estabelecem a verdade das relações humanas (...)” texto p. 41, o ator não é um ator compositor quando ele apenas declama um papel, uma fala do texto, o que é muito parecido com o teatro Elizabetano.
Resenha - A Arte da Performance
Jorge Glusberg
Resenha
Por Vilma de Jesus Marinho
Enquanto lia o texto “A Arte da Performance” de Jorge Glusberg
percebi que existia no autor um desejo de conhecimento sobre a verdadeira arte
do perfermer, quais técnicas, o que move, e quais relações com que ator buscar
e precisar para compor um trabalho.
Observo que muitos autores
fazem criticas a que chamamos de performance, por estar muito próximo da arte
conceitual happening, no qual o desconstruir está no oposto do construir, e também está muito
próximo da valorização da ideia e não de um objeto. E dentro dessas
desconstruções há uma grande confusão de entendimento do que é uma performance e,
por isso gera grande discriminação.
Na página 106 e primeiro
parágrafo o autor explica que a “desconstrução é derivada daquela histórica,
desconstrução ritual” noto aqui que basicamente ele está se referindo a uma
desconstrução do modo de fazer arte bem próxima do que se é aprendido em academias
de arte, é romper com modelos já pronto e acabado, é a possibilidade de
observar e recriar.
Assim, segundo o autor é
preciso que a ação do performer esteja incorporada a um fazer artístico, em que
o elemento essencial o corpo e o tempo basicamente são manifestados de forma
ativa. Tenho que concordar que esse fazer, pois o tempo é determinante para o
trabalho corporal. Noto também que o corpo e o tempo é um motor para a arte
para a vazão aos desejos de criação no qual o modos constitutivos da
performance é uma realização de desejos.
Percebemos que para Jorge
toda ação é instrumental, mas nem sempre funcional. Entendo que dentro de sua
proposta ele fala de ações sem sentido, são apenas ações com gestos, movimentos
representativos, e que se dá a entender que a performance envolve comunicação
corporal.
Penso que a ação corporal
como comunicação faz pode ser puramente artística ou funcional, é muito claro
quando vemos os primitivos em suas danças e rituais, agora quando o performista
traz uma mensagem e que suas ações falam mais que palavras [...] os movimentos
e expressões, mesmo quando amorfos, [...] passam a ter mais significados.
Ainda sobre a arte da
performance Jorge destaca como elemento a “atividade” que deve ser utilizadas
como vivência para experiência de improviso para o trabalho do ator, noto que
essa atividade é uma ação do performer que é incorporada no fazer artístico e
físico, e que não há uma distância entre concepção e ação criativa.
O autor ainda faz um passeio
por várias tendências artísticas que trabalham muito com performances, ele cita
a body art como forma experimental. Pois entra o trabalho da escultura e que é
valido no campo das artes. Agora, é notável que dentro desse passeio todas essa
tendências sejam meios representativos da performance.
Contudo, o corpo é objeto
para a arte, e arte corporal e de performance é a figura do artista como
ferramenta para a arte e é o ponto de partida para a criatividade e nas
palavras de Jorge Grousberg “a arte da performance e o performer não é uma
metáfora: eles adquirem vida e ao mesmo tempo arrancam fragmentos da vida.” (p.
126)
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