sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Resenha - O Corpo no Pós Modernismo

J. Guinsburg e Ana Mae Barbosa
Resenha
Por Vilma de Jesus Marinho

E meu corpo, esse universo que chamo de Eu mesma, conhecerá um outro comportamento, a partir do momento em que a física decretar um novo mundo – um mundo que agregue espaços interpenetados e interpenetrantes, um mundo que possa  anunciar outras relações entre tempos e espaço espaços. (p. 542)
Observando o que diz Guindbug e Barbosa sobre o corpo, vemos que eles falam do Eu mesma. Entendo que esse Eu é a manifestação do físico em ação. Entendo que esse Eu é uma identidade, no qual cada pessoa o tem e o faz ao longo de sua identidade, os gestos, os movimentos, o sentir, o enxergar, a expressão do rosto, o ouvir e o realizar entre outros.
Mas o que é o corpo? Penso que ele é o que faço, minha ação. Platão diz que “o corpo é a prisão da alma”. Nesse corpo, está a realização do meu querer, e ele pode me levar a lugar inexplicáveis. Com ele posso tudo o que quero.
A potência dele está no experimento de sensações diferentes, estranhas, no qual eu desejo desenvolver. Se mexo é porque através dele revela o que há em mim, com ele posso criar atitudes que chamam a atenção do outro, também o contrário, o outro pode me encantar com seu movimento. O esforço em se mexer e remexer torna uma poesia, um ritmo, uma composição artística.
No texto ainda é apresentado [...] feixes de significados que se apreendem através das ruas sem consciências, as inúmeras mensagens, sinais emitidos por outros humanos, pelas imagens digitais, [...] que no pós-moderno o corpo é a mensagem, é o sinal emitido. Quero dizer que o corpo em seu movimento prende o olhar do outro e afasta de si mesmo abrindo uma experiência real de si.  
O corpo no espaço demonstra a experiência da vida. Entendo que as situações do dia-a-dia através dele é uma expressão dessa experiência vivida, do que fazemos na vida.
O texto nos trás situações que o HOMEM idealiza através do corpo. Nascer, cirurgia plástica, enfim, para muitos o copro é um culto, um espectro de adoração, os gregos tinham adoração pelo corpo bem definido, os homens para participar do jogos tinham que ter uma preparação. Entendo que esse culto é um cuidado, é também uma forma de demostrar com ele posso ter  para representá-lo sempre bem. Ainda, é retratado a dança e o teatro, que o corpo é imagem e faz com que o homem se coloca como a obra, tornando-o uma arte de vivência intensamente.
E nos dias de hoje passa por decadência, ou seja, muitos estão conformados com o que vê na televisão, no outdoor, esquecido na frente de um computador, assim, adoecem esquecem que é um corpo. O corpo deve andar em sintonia com a mente.
Portanto, o tempo [...] ultrapassa as nossas mentes, os nossos corações, transforma essas somas que somos em seres absolutamente datados, [...] (p.541) é valorizar a porção da vida que trazemos em nós.


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