Jorge Glusberg
Resenha
Por Vilma de Jesus Marinho
Enquanto lia o texto “A Arte da Performance” de Jorge Glusberg
percebi que existia no autor um desejo de conhecimento sobre a verdadeira arte
do perfermer, quais técnicas, o que move, e quais relações com que ator buscar
e precisar para compor um trabalho.
Observo que muitos autores
fazem criticas a que chamamos de performance, por estar muito próximo da arte
conceitual happening, no qual o desconstruir está no oposto do construir, e também está muito
próximo da valorização da ideia e não de um objeto. E dentro dessas
desconstruções há uma grande confusão de entendimento do que é uma performance e,
por isso gera grande discriminação.
Na página 106 e primeiro
parágrafo o autor explica que a “desconstrução é derivada daquela histórica,
desconstrução ritual” noto aqui que basicamente ele está se referindo a uma
desconstrução do modo de fazer arte bem próxima do que se é aprendido em academias
de arte, é romper com modelos já pronto e acabado, é a possibilidade de
observar e recriar.
Assim, segundo o autor é
preciso que a ação do performer esteja incorporada a um fazer artístico, em que
o elemento essencial o corpo e o tempo basicamente são manifestados de forma
ativa. Tenho que concordar que esse fazer, pois o tempo é determinante para o
trabalho corporal. Noto também que o corpo e o tempo é um motor para a arte
para a vazão aos desejos de criação no qual o modos constitutivos da
performance é uma realização de desejos.
Percebemos que para Jorge
toda ação é instrumental, mas nem sempre funcional. Entendo que dentro de sua
proposta ele fala de ações sem sentido, são apenas ações com gestos, movimentos
representativos, e que se dá a entender que a performance envolve comunicação
corporal.
Penso que a ação corporal
como comunicação faz pode ser puramente artística ou funcional, é muito claro
quando vemos os primitivos em suas danças e rituais, agora quando o performista
traz uma mensagem e que suas ações falam mais que palavras [...] os movimentos
e expressões, mesmo quando amorfos, [...] passam a ter mais significados.
Ainda sobre a arte da
performance Jorge destaca como elemento a “atividade” que deve ser utilizadas
como vivência para experiência de improviso para o trabalho do ator, noto que
essa atividade é uma ação do performer que é incorporada no fazer artístico e
físico, e que não há uma distância entre concepção e ação criativa.
O autor ainda faz um passeio
por várias tendências artísticas que trabalham muito com performances, ele cita
a body art como forma experimental. Pois entra o trabalho da escultura e que é
valido no campo das artes. Agora, é notável que dentro desse passeio todas essa
tendências sejam meios representativos da performance.
Contudo, o corpo é objeto
para a arte, e arte corporal e de performance é a figura do artista como
ferramenta para a arte e é o ponto de partida para a criatividade e nas
palavras de Jorge Grousberg “a arte da performance e o performer não é uma
metáfora: eles adquirem vida e ao mesmo tempo arrancam fragmentos da vida.” (p.
126)
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