sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Resenha - A Arte da Performance

Jorge Glusberg

Resenha
Por Vilma de Jesus Marinho

Enquanto lia o texto “A Arte da Performance” de Jorge Glusberg percebi que existia no autor um desejo de conhecimento sobre a verdadeira arte do perfermer, quais técnicas, o que move, e quais relações com que ator buscar e precisar para compor um trabalho.
Observo que muitos autores fazem criticas a que chamamos de performance, por estar muito próximo da arte conceitual happening, no qual o desconstruir está  no oposto do construir, e também está muito próximo da valorização da ideia e não de um objeto. E dentro dessas desconstruções há uma grande confusão de entendimento do que é uma performance e, por isso gera grande discriminação.
Na página 106 e primeiro parágrafo o autor explica que a “desconstrução é derivada daquela histórica, desconstrução ritual” noto aqui que basicamente ele está se referindo a uma desconstrução do modo de fazer arte bem próxima do que se é aprendido em academias de arte, é romper com modelos já pronto e acabado, é a possibilidade de observar e recriar.
Assim, segundo o autor é preciso que a ação do performer esteja incorporada a um fazer artístico, em que o elemento essencial o corpo e o tempo basicamente são manifestados de forma ativa. Tenho que concordar que esse fazer, pois o tempo é determinante para o trabalho corporal. Noto também que o corpo e o tempo é um motor para a arte para a vazão aos desejos de criação no qual o modos constitutivos da performance é uma realização de desejos.
Percebemos que para Jorge toda ação é instrumental, mas nem sempre funcional. Entendo que dentro de sua proposta ele fala de ações sem sentido, são apenas ações com gestos, movimentos representativos, e que se dá a entender que a performance envolve comunicação corporal.
Penso que a ação corporal como comunicação faz pode ser puramente artística ou funcional, é muito claro quando vemos os primitivos em suas danças e rituais, agora quando o performista traz uma mensagem e que suas ações falam mais que palavras [...] os movimentos e expressões, mesmo quando amorfos, [...] passam a ter mais significados.
Ainda sobre a arte da performance Jorge destaca como elemento a “atividade” que deve ser utilizadas como vivência para experiência de improviso para o trabalho do ator, noto que essa atividade é uma ação do performer que é incorporada no fazer artístico e físico, e que não há uma distância entre concepção e ação criativa. 
O autor ainda faz um passeio por várias tendências artísticas que trabalham muito com performances, ele cita a body art como forma experimental. Pois entra o trabalho da escultura e que é valido no campo das artes. Agora, é notável que dentro desse passeio todas essa tendências sejam meios representativos da performance.
Contudo, o corpo é objeto para a arte, e arte corporal e de performance é a figura do artista como ferramenta para a arte e é o ponto de partida para a criatividade e nas palavras de Jorge Grousberg “a arte da performance e o performer não é uma metáfora: eles adquirem vida e ao mesmo tempo arrancam fragmentos da vida.” (p. 126)

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