Teatro, valor e pluralidade.
A.
Tibaji
Resenha
Por Vilma de Jesus Marinho
[...] Pensar as especificidades das técnicas
cômico-populares nos possibilita pensar os valores que lhes são apropriados.
P.13
Diante do texto apresentado “Teatro, valor e pluralidade”, fiquei
questionando entre “valores” e “valores”. No inicio do texto o autor apresenta
sérios questionamentos relevantes e, que por momentos é realmente necessário de
se pensar. Percebe-se que em tempos atrás, a cultura tinha um valor sentimental
e memorial e que não havia a preocupação com economia e ou registro de imagens
(foto). A cultura não era comercializada, era o gosto de estar presente.
Hoje, a cultura está presente. Acredito que
não acaba, porém a comercialização torna a cultura de um povo uma fonte de economia
e, que nos dá a ideia de que o ideal é a representação dessas manifestações que
já existiam, mas que, quando é relembrada é também cobrada. Ceticamente, está
muito próximo da mais-valia, onde é mais valorizado o objeto do que quem faz o
objeto. Vejo que, o autor tem uma preocupação bem sustentada e fundamentada e,
que tenho que concordar.
Quando comentei sobre “valores” e “valores”
faço menção sobre o apreciar sem o comercializar. E esse apreciar é ficar na
memória aquilo que é passado de pai para filho. Não recordo onde ouvi,
“[...] nos
dias atuais, muitos (pessoas) durante festividades e celebrações se esquecem de
viver o momento para apenas registrar e, muitas das vezes esse registro, elas
(pessoas) não voltam para ver e ou assistir, perdendo o tempo e o momento, elas
esquecem que tudo hoje é registrado por outros.”
Diante disso, fica claro que a cultura em
nossos dias está mais próxima da comercialização do que da apreciação.
O autor ainda apresentou uma preocupação
muito clara em seu artigo na página 10 sobre esses valores, em que é um dos
grandes desafios dessa nova concepção de cultura, pois lidar com a pluralidade
e o multiculturalismo ainda é um caminho a ser trilhado.
Mais adiante, ele ainda cita sobre a arte
televisiva e as vanguardas, onde uns se aproveitam mais desses produtos,
esquecendo que há uma diversidade cultural muito maior no campo territorial. Entendo
que, não é que não sejam importantes. Todavia, toda perspectiva antropológica,
é notável o respeito a todas as manifestações culturais, e fazem com que haja
um dialogo entre público e memória de um povo.
Ressalto que para Tibaji um grande desafio é
a cultura do ponto de vista acadêmico e de políticas públicas, em seu artigo
apresenta as dificuldade em lidar com a pluralidade cultural e a necessidade de
valores do cotidiano. Vejo como ponto positivo que dentro de um ambiente
acadêmico a cultura reforça o conhecimento sobre o que do povo e para o povo.
Como negativo é que as ações governamentais não alcançam todos os projetos
elaborados. É muito claro quanto à valorização política é dificultada por
demandas que levam tempos a serem atendidas.
Com tudo isso, é importante pensar em
técnicas cômico-populares como valor em todos os campos de conhecimento. Seja
ele dentro de um ambiente escolar de ensino básico ou de ensino superior, é válido
que educando recebam e construam seus próprios conhecimentos sobre o que é e o
que são esses valores culturais em todas as épocas em diferentes localidades,
independente de sua cultura particular recebida por seus familiares e que em
nossos dias tornou-se uma preocupação governamental na busca de resgatar esses
saberes em todas as instâncias e comunidades.
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