quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Questões de filosofia

1. Leia atentamente as seguintes frases:
1.    Para Platão a filosofia significa “o uso do saber em favor do homem” (Eutidemo);
2.    A palavra filosofia foi criada pelos gregos e significa philos – amor e sophia – sabedoria;
3.    Para Descartes a filosofia é “o estudo da sabedoria” (Princípios da Filosofia)
4.  Kant afirmou que a filosofia é ciência da relação dos conhecimentos, cuja finalidade é a felicidade. Crítica da Razão Pura.
Para essas definições, qual a alternativa mais aproximada?
  1.     A filosofia serve apenas para conhecer o mundo 
  2.      A filosofia é uma reflexão sobre o bem e o mal.
  3.    A filosofia nada mais é que uma atividade sobre os saberes para beneficiar a humanidade.
  4. A filosofia significa amor ao saber e não tem função social nenhuma.
  5. A filosofia estuda apenas teorias abstratas e está distante das pessoas.

2. A filosofia islâmica, a Escolástica, a Patrística e muito neoplatônicos afirmam que o saber é um dom divino, uma revelação. Essa certeza é encontrada também na filosofia oriental e na filosofia Romântica do século XIX e no Espiritualismo do século XX. Esta investigação filosófica a respeito da origem do saber está inserida em que área da filosofia?
a)    Teoria do Conhecimento
b)    Lógica
c)    Filosofia da Religião
d)    Teologia
e)    Metafísica
 3. - Quando é, pois, que a alma atinge a verdade? Temos de um lado que, quando ela deseja investigar com a ajuda do corpo qualquer questão que seja, o corpo, é claro, a engana radicalmente.
- Dizes uma verdade.
- Não é, por conseguinte, no ato de raciocinar, e não de outro modo, que a alma apreende, em parte, a realidade de um ser?
- Sim.
[...] – E é este então o pensamento que nos guia: durante todo o tempo em que tivermos o corpo, e nossa alma estiver misturada com essa coisa má, jamais possuiremos completamente o objeto de nossos desejos! Ora, esse objeto é, como dizíamos, a verdade.
PLATÃO. Fédon. São Paulo: Nova cultural, 1987, p. 66-67.
Com base nos textos e nos conhecimentos sobre a concepção de verdade de Platão, é correto afirmar que:
a)    A verdade reside na contemplação das sombras, refletidas pela luz exterior e projetadas no mundo sensível.
b)    A verdade consiste na felicidade, e como Deus é o único verdadeiramente fiel, então a verdade reside em Deus.
c)    A principal tarefa da filosofia está em aproximar o máximo possível a alma do corpo, dessa forma, obter a verdade.
d)    A verdade encontra-se na correspondência entre um enunciado e os fatos que ele aponta no mundo sensível.
e)    O conhecimento inteligível, compreendido com verdade, está contido nas ideias que a alma possui.
4. Como se caracteriza, acima de tudo, um filósofo no sentido maior 
a)    Pensador das ideias filosóficas elaboradas.
b)    Criador de novos horizontes teórico-práticos de sentido crítico em seu contexto histórico.
c)    Amante do saber e da erudição.
d)    Pensador da lógica e de como funciona o conhecimento intelectual.
5. “Desde suas origens entre os filósofos da antiga Grécia, a Ética é um tipo de saber normativo, isto é, um saber que pretende orientar as ações dos seres humanos.”
Fonte: CORTINA, A.; MATÍNEZ, E. Ética. Tradução de Silvana Cobucci Leite. São Paulo: Edições Loyola, 2000, p. 9.
Com base no texto e na compreensão aristotélica, é correta afirma que a ética
a)    Orienta-se pelo procedimento de regras universalizáveis, como meio de verificar a correção ética das normas de ação.
b)    Adota a situação ideal de fala como condição para a fixação de princípios éticos básicos, a partir a negociação discursiva de regras a serem seguidas pelos envolvidos.
c)    Pauta-se pela teologia, indicando que o bem supremo do homem consiste em atividades que lhe sejam peculiares, buscando a sua realização de maneira excelente.
d)    Contempla o hedonismo indicando o bem supremo a ser alcançado pelo homem reside na felicidade e esta consiste na realização de maneira excelente.
e)    Baseada no emotivismo, busca justifica a atividade ou o juízo ético mediante o recurso dos próprios sentimentos dos agentes, de forma a influir nas demais pessoas.
6. Tais características podem ser relacionadas aos atribu­tos que caracterizam os humanos, isto é, elementos que nos distinguem dos outros seres vivos, exceto.

a) raciocínio complexo.
b) impulsos instintivos.
c) vida coletiva (comunidade).
d) transformação do meio natural (trabalho).
e) linguagem (fala).
7. Leia a frase a seguir e faça o que se pede.
Os gregos dos tempos de homéricos relatam a lenda de Pan­dora, que, enviada aos homens, abre por curiosidade a caixa de onde saem todos os males. Pandora consegue fechá-la a tempo de reter a esperança, a única forma de o homem não sucumbir às dores e o sofrimento da vida.
Maria Lúcia de Arruda Aranha & Maria Helena Pires Martins, Filosofando: Um Introdução à Filosofia. Editora Moderna, p.54
O texto refere-se ao:

a) conhecimento filosófico.
b) conhecimento mitológico.
c) conhecimento científico.
d) conhecimento do senso comum.
e) conhecimento artístico.
8. Leia o texto:
Antes de mais nada, a ciência desconfia da veracidade de nossas certezas, de nossa adesão imediata às coisas, da au­sência de crítica e da falta de curiosidade.Por isso, ali onde vemos coisas, fatos e acontecimentos, a atitude científica vê problemas e obstáculos, aparências que precisam ser expli­cadas e, em certos casos, afastadas.
São características do conhecimento científico, exceto:

a) investigação
b) racionalidade
c) experiências
d) curiosidade
e) dogmas
9. No início dos tempos é provável que o homem, de modo geral, não tenha se questionado sobre a origem do Universo, do mundo?

a) Estava ocupado com a luta pela vida.
b) Em outros níveis, tinha alguma reflexão.
c) outra resposta
10. Segundo Aristóteles, “na cidade com o melhor conjunto de normas e naquela dotada de homens absolutamente justos, os cidadãos não devem viver uma vida de trabalho trivial ou de negócios — esses tipos de vida são desprezíveis e incompatíveis com as qualidades morais —, tampouco devem ser agricultores os aspirantes à cidadania, pois o lazer é indispensável ao desenvolvimento das qualidades morais e à prática das atividades políticas”.
VAN ACKER, T. Grécia. A vida cotidiana na cidade-Estado. São Paulo: Atual, 1994. O trecho, retirado da obra Política, de Aristóteles, permite compreender que a cidadania.
A) possui uma dimensão histórica que deve ser criticada, pois é condenável que os políticos de qualquer época fiquem entregues à ociosidade, enquanto o resto dos cidadãos tem de trabalhar.
B) era entendida como uma dignidade própria dos grupos sociais superiores, fruta de uma concepção política profundamente hierarquizada da sociedade.
C) estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma percepção política democrática, que levava todos os habitantes da pólis a participarem da vida cívica.
D) tinha profundas conexões com a justiça, razão pela qual o tempo livre dos cidadãos deveria ser dedicado às atividades vinculadas aos tribunais.
E) vivida pelos atenienses era, de fato, restrita àqueles que se dedicavam à política e que tinham tempo para resolver os problemas da cidade.
11. Em primeiro lugar, é claro que, com a expressão “ser segundo a potência e o ato”, indicam-se dois modos de ser muito diferentes e, em certo sentido, opostos. Aristóteles, de fato, chama o ser da potência até mesmo de não-ser, no sentido de que, com relação ao ser-em-ato, o ser-em-potência é não-ser-em-ato.
REALE, Giovanni. História da Filosofia Antiga. Vol. II. Trad. de Henrique Cláudio de Lima Vaz e Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 1994, p. 349.
A partir da leitura do trecho acima e em conformidade com a Teoria do Ato e Potência de Aristóteles, assinale a alternativa correta.
a) Para Aristóteles, ser-em-ato é o ser em sua capacidade de se transformar em algo diferente dele mesmo, como, por exemplo, o mármore (ser-em-ato) em relação à estátua (ser-em-potência).  
b) Segundo Aristóteles, a teoria do ato e potência explica o movimento percebido no mundo sensível. Tudo o que possui matéria possui potencialidade (capacidade de assumir ou receber uma forma diferente de si), que tende a se atualizar (assumindo ou recebendo aquela forma). 
c) Para Aristóteles, a bem da verdade, existe apenas o ser-em-ato. Isto ocorre porque o movimento verificado no mundo material é apenas ilusório, e o que existe é sempre imutável e imóvel.  
d) Segundo Aristóteles, o ato é próprio do mundo sensível (das coisas materiais) e a potência se encontra tão-somente no mundo inteligível, apreendido apenas com o intelecto.   
12. (Uenp 2011) As discussões iniciais sobre Lógica foram organizadas por Aristóteles no texto conhecido como “Organon”, onde o filósofo sistematiza e problematiza algumas das afirmações que tinham sido feitas pelos pré-socráticos (Parmênides, Heráclito) e por Platão. Sobre a lógica aristotélica é incorreto afirmar:
a) Aristóteles considera que a dialética não é um procedimento seguro para o pensamento, tendo em vista posições contrárias de debatedores, e a escolha de uma opinião contra a outra não garante chegar à essência da coisa investigada, por isso sugere a substituição da dialética pela lógica.  
b) Entre as principais diferenças que existem entre a lógica aristotélica e a dialética platônica estão: a primeira é um instrumento para o conhecer que antecede o exercício do pensamento e da linguagem; a segunda é um modo de conhecer e pressupõe a aplicação imediata do pensamento e da linguagem.   
c) A lógica aristotélica é um instrumento para trabalhar os contrários, e as contradições para superá-los e chegar ao conhecimento da essência das coisas e da realidade.   
d) A lógica aristotélica sistematiza alguns princípios e procedimentos que devem ser empregados nos raciocínios para a produção de conhecimentos universais e necessários.   
e) Contemporaneamente não se pode considerar a lógica aristotélica como plenamente formal, tendo em vista que Aristóteles não afasta por completo os conteúdos pensados, para ficar com formas vazias (como se faz na lógica puramente formal). Embora tenha avançado no sentido da lógica formal, se comparada com a dialética platônica, que dependia absolutamente do conteúdo dos juízos.   
13. A filosofia  escolástica, cujo representante maior foi Santo Tomás de Aquino, autor da Suma Teológica, foi uma tentativa de:
a) mostrar aos cristãos a necessidade de expulsar os mulçumanos do mundo europeu.
b) negar o pensamento aristotélico.
c) Harmonizar a razão com a fé.
d) aniquilar o pensamento teológica.
e) Tolerar a inquisição.
14. O filósofo grego que maior influência exerceu sobre Santo Tomás de Aquino foi:

A) Platão.
B) Aristóteles.
C) Sócrates.
D) Heráclito.
E) Parmênides.
15. René Descartes tornou-se famoso pela frase "Cogito Ergo Sum" (penso logo existo), pilar fundamental da filosofia: 

a. ( x ) racionalista. 
b. (   ) fenomenológica.
c. (   ) teocêntrica. 
d. (   ) empirista.
e. (   ) liberal.
16. Uma ideia fundamental do pensamento científico é que existe uma relação necessária entre causa e efeito, de tal forma que, conhecendo as causas, os efeitos podem ser previstos. David Hume, por meio de uma argumentação empírica, deduzida da experiência real observando o choque das bolas de bilhar, demonstra que a relação de causa e efeito se baseia apenas

a) no hábito.
b) nas ideias.
c) no pensamento.
d) no movimento. 
17. De acordo com Francis Bacon, os quatro tipos de ídolos ou de imagens que formam opiniões cristalizadas e preconceitos que impedem o conhecimento da verdade são:
a) ídolos da caverna, do fórum, da arte e da sociedade.
b) ídolos da caverna, do mundo das ideias, da tribuna e do teatro.
c) ídolos da tribo; do idioma; da política e da sociedade. 
d) ídolos da caverna, do fórum, do teatro e da tribo.
18. A afirmação "Penso, logo existo" inaugura uma nova abordagem filosófica do:
a- ceticismo renascentista.
b- hedonismo contemporâneo.
c- estoicismo moderno.
d- subjetivismo moderno.
e- objetividade cultural.
19. Se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão é provavelmente - porém não necessariamente - verdadeira. 
Assinale a alternativa que relaciona corretamente as características acima ao respectivo tipo de argumento.
a. (   ) 1. dedutivo; 2. dedutivo; 3. indutivo; 4. indutivo.
b. (   ) 1. dedutivo; 2. indutivo; 3. indutivo; 4. dedutivo. 
c. (   ) 1. dedutivo; 2. indutivo; 3. dedutivo; 4. indutivo. 
d. ( x ) 1. indutivo; 2. dedutivo; 3. dedutivo; 4. indutivo. 
e. (   ) 1. indutivo; 2. indutivo; 3. dedutivo; 4. dedutivo. 
20. Descartes empregou um método universal para o conhecimento. Qual das seguintes alternativas não está de acordo com o método cartesiano?
a. Nada pode ser aceito como verdade mesmo quando reconhecido como tal.
b. Deve-se dividir os problemas em tantas partes quanto possível.
c. A reflexão deve seguir uma ordem definida, começando com o que for mais simples.
d. Deve-se ter certeza de que tudo foi examinado, sem omissões.
e. A ordem da reflexão pode ser inteiramente fictícia.
21. (UEL) É amplamente conhecido, na história da filosofia, como Descartes coloca em dúvida todo o conhecimento, até encontrar um fundamento inabalável; uma espécie de princípio de reconstituição do conhecimento. Neste processo, Descartes elege uma regra metodológica que o orientará na busca de novas verdades. A regra geral que orientará Descartes na busca de novas verdades é:
a) a possibilidade do mundo externo.
b) a possibilidade de unirmos corpo e alma.
c) a clareza e distinção.
d) a certeza dos juízos matemáticos.
e) a ideia de que corpo e alma são entidades distintas.


3 comentários:

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  2. oi Vilma, tudo bem? a questão 14 esta errada, não está? Pelo que eu sei São Tomas de Aquino teve influencia de Aristóteles e não de Platão... Me corrija de eu estiver errada. Obrigada.

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